Um Insight da Tecnologia na Educação
A tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano da comunicação dos jovens. Redes sociais, aplicativos de mensagem em smartphones ou softwares/plataformas que possibilitam que grupos sociais, de trabalho ou até mesmo pesquisadores em continentes distintos se reúnam virtualmente, são exemplos que tornam impossível imaginar um mundo que não esteja conectado e, se não podemos pensar num mundo sem conexão, o que diremos da sala de aula e seus agentes educacionais (alunos, professores e gestores).
Os processos de aprendizagem também devem e evoluem, e o importante é fazer com que sejam contemporâneos aos avanços dos processos de comunicação. Eles estão evoluindo da educação que privilegia o raciocínio lógico e o domínio de ferramentas tecnológicas por meio de habilidades práticas - as hard skills - para os novos modelos educacionais, que mantém todos os elementos e avanços de modelos anteriores, combinando-os com a valorização de competências socioemocionais - as soft skills.
Os novos processos pedem que se alie a tecnologia com o aspecto humano e, nessa proposta, o professor assume o papel de mediador, parceiro, colaborador e, porque não, cúmplice, guiando o aluno ao longo do mar de informações e opiniões, auxiliando o aluno de hoje a se enxergar como um produtor de conhecimento e cultura que atue de forma colaborativa no seu grupo em prol do crescimento social.
Assim, a escola, nesse novo contexto educacional, deve trazer as competências socioemocionais da comunicação em rede como um pilar a ser trabalhado junto a todos os outros elementos – o desenvolvimento do empreendedorismo, da criatividade e dos soft skills – importantes para a tomada de decisão frente aos desafios reais, utilizando soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida e do processo de ensino de uma forma geral.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada pelo Ministério da Educação em 2018, privilegia o desenvolvimento de dez competências gerais no processo de aprendizado, das quais duas em particular devem ser destacadas no contexto de uso e estudo das tecnologias digitais:
- A competência n.º 4, que prevê a utilização de distintos modos de linguagem para compartilhar experiências e informações em contextos diversos. Dentre esses modos, estão a comunicação verbal, a visual, a sonora, a corporal e a digital;
- A competência n.º 5, que envolve utilizar tecnologias digitais nas práticas sociais de forma crítica, exercendo a reflexão e considerando princípios éticos.
Tais competências preconizam que o uso de tecnologias seja relacionado à capacidade de comunicação e de acesso/compartilhamento das informações, bem como a outras capacidades socioemocionais envolvidas como a criatividade, o protagonismo e a resolução de problemas.
Portanto, para a BNCC a tecnologia deve ser uma realidade crescente para os agentes educacionais e nos ecossistemas educacionais brasileiros.
Tecnologias que estimulem a interação e a colaboração entre alunos e professores devem ser usadas para auxiliar no desenvolvimento das habilidades de comunicação de todo ecossistema educacional. Podemos citar como exemplo a plataforma Google Workspace for Education, em especial o aplicativo Classroom que foi concebido com o objetivo de complementar o ambiente físico de uma maneira dinâmica e inovadora, tornando o ensino mais colaborativo e produtivo com o uso das tecnologias digitais.
Com isso, o novo papel do professor é o de planejar atividades que, integradas “às plataformas tecnológicas”, devem fortalecer soft skills como comunicação, trabalho em equipe e adaptabilidade, além de dar liberdade aos alunos para explorarem os próprios interesses.
Uma das estratégias interessantes e atuais é a de descoberta e uso da "Cultura Maker" que favorece o “aprender fazendo”, estimulando de forma desafiadora a criatividade das crianças e dos adolescentes pelo princípio do “faça você mesmo”, onde o professor provoca e orienta o aluno e, principalmente, grupos de alunos em colaboração a realizarem um tipo de atividade criativa, ou seja, produzir ou criar os próprios objetos com fins práticos e artísticos de forma colaborativa, mas principalmente lidar com desafios ou com um possível fracasso e saber contorná-lo, de novo de forma colaborativa, o que é uma soft skill importante para se ter na vida profissional e adulta, tornando o modelo da cultura maker bem interessante para estimular essa competência.
Outras atividades interessantes são a gamificação e o uso da Realidade Aumentada (RA) que juntas promovem a participação e o engajamento bem como a fusão entre o real e o digital, conseguindo, com isso, a percepção de uma nova realidade e a aprendizagem advinda da relação entre esses diferentes contextos.
O professor pode usar essa oportunidade de interagir com o meio ambiente em experiências virtuais que simulem a realidade e chamar a atenção dos estudantes para problemas como a destruição de ecossistemas marinhos, o desmatamento e a caça predatória, por exemplo, engajando a turma em discussões interdisciplinares e incentivando o pensamento crítico. A ideia ou motivação da RA, nessa situação, é intensificar a percepção da realidade por meio de dispositivos utilizando tours virtuais como, por exemplo, o Tour virtual em Fernando de Noronha, do Google Earth.
E qual é o papel da escola nesse cenário de inovação?
Uma escola inovadora é aquela que acompanha os avanços tecnológicos e as linguagens usadas por seus alunos e professores e, nesse contexto, cria oportunidades para que façam parte de uma realidade escolar de forma plena.
Nesse sentido, quando falamos de tecnologia e comunicação, a primeira coisa que vem à mente de gestores escolares é buscar as ferramentas inovadoras das quais temos acesso na atualidade, como notebooks, chromebooks, tablets e celulares, dispositivos que potencializam o seu uso principalmente quando em rede (internet) e que fazem parte da rotina de estudantes, professores e seus familiares.
Entretanto, a escolha de quais tecnologias e linguagens devemos integrar os processos educacionais não podem acontecer de forma aleatória e sem uma boa pesquisa, que considere as realidades de todo ecossistema educacional bem como toda infraestrutura necessária para esse tipo de tecnologia. Vejam, a pior escolha será aquela que por falta, dificuldade ou incompatibilidade com a estrutura não funcionar de maneira adequada.
Esse processo, quando bem estruturado pela escola, auxilia no desenvolvimento cognitivo do aluno ao exercitar habilidades como raciocínio lógico, capacidade de aprendizado, planejamento, solução de situações-problemas e autonomia. Aqui, mais uma vez, reforçamos o papel do professor-mediador, que acompanha os alunos e auxilia-os a compreender as questões envolvidas no desafio.
Uma boa maneira de internalizar as tecnologias no processo educacional, é integrá-los também aos processos de gestão e comunicação corporativa do ambiente escolar, como também na comunicação com toda comunidade escolar (pais, responsáveis, colaboradores e sociedade em geral), pois assim, todos estarão no mesmo desafio, fomentando assim todo processo de adoção de um importante conjunto de ferramentas como, por exemplo o Google Workspace for Education, para a ação de ensino e aprendizagem.
Os processos de gestão escolar e principalmente da sala de aula, podem e devem ser suportados pelas mesmas tecnologias de comunicação, baseadas em nuvem, que suporta as áreas administrativas da instituição. Com isso haverá uma unidade e uma homogeneidade de procedimentos, o que ajuda a aculturar essas tecnologias no dia a dia de toda comunidade, tornando-a algo natural e não uma imposição de uso.
Uma das maiores reclamações dos professores, que os gestores escolares enfrentam, é o excesso de atividades e os processos de avaliação que precisam promover junto aos alunos para comprovarem a eficácia de suas estratégias pedagógicas. O uso das tecnologias de comunicação colaborativa e cooperativa, ajudam, minimizam esses excessos, visto que a mesma ferramenta usada para administrar uma atividade a uma turma, pode ser usada como comprovação dessa ação perante a gestão e ser a mesma para a avaliação do aluno, a mesma para consolidação das notas dos alunos e a mesma para divulgação dos resultados para toda comunidade escolar, diminuindo com isso todo o processo burocrático envolvido e aumentando em muito a efetividade e eficácia do processo educacional em si.
Um excelente exemplo é o caso de São Caetano do Sul, cidade localizada na região metropolitana de São Paulo com um dos maiores IDH (índice de desenvolvimento humano) do país (0,86) e um histórico de excelência no trabalho com educação pública. Quando se iniciou a Pandemia de COVID-19, em 2020, já estavam familiarizados com a plataforma Google Workspace for Education e também com os chromebooks. Para enfrentar o período de educação remota e o afastamento social, em 2020 e 2021, usaram como estratégia estabelecer um fluxo de distribuição de atividades pedagógicas, avaliações, registro de frequência e boletins escolares através das ferramentas Google e dos chromebooks.
Após 3 meses do início do ano letivo de 2020, 95% dos alunos da rede estavam estudando remotamente suportados pela plataforma do Google.
Incorporaram, então, o diário de classe on-line, utilizando Google Planilhas e todas as avaliações do município ocorreram de forma on-line, utilizando o Google Formulários. O trabalho de formação de profissionais da educação foi diário, englobando não somente aspectos pedagógicos, mas técnico-administrativos. Conseguiram encerrar o ano com todos os alunos da rede atendidos de forma on-line, recebendo seus boletins on-line em sua conta Google e com as reuniões de pais ocorrendo de forma virtual pelo Google Meet.
Conclusão
Em linhas gerais não existe fórmula única e mágica a ser seguida, é preciso respeitar as limitações e as possibilidades da comunidade escolar, porém desafiando-na a evoluir na implantação de uma nova cultura que engloba o uso das tecnologias digitais em nuvem para apoiar todos os processos de ensino e aprendizagem, comunicação e gestão escolar.
A adoção massiva somente será facilitada se as tecnologias estiverem disponíveis, forem de uso geral da comunidade, forem de simples aplicação em relação aos processos passados e se trouxerem resultados potencializados, economizando tempo, recursos ou alcançando níveis superiores aos que eram feitos anteriormente.
O planejamento da adoção precisa escolher as tecnologias de forma adequada à realidade do grupo como, por exemplo, a escolha do Google Workspace for Education, feita por várias redes públicas e privadas de ensino, pois conta com um ecossistema robusto em nuvem, com baixíssimo valor de investimento em infraestrutura e aplicativos que valorizam a segurança, a colaboração e o compartilhamento para trazer maior potencialidade de aplicação na educação independente do nível.
Uma escolha assim resulta em mais recursos para infraestrutura de conexão das escolas, equipamentos e possibilidade de formação para os professores e profissionais da educação para a descoberta dos potenciais pedagógicos envolvidos no uso massivo das tecnologias.
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Artigo escrito pelo diretor José Guilherme Moreira Ribeiro
Revisado por Wellington Maciel e Marcele Aline
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